quarta-feira, 19 de junho de 2013

Reunião na Câmara Municipal abordou o problema dos cachorros de rua da cidade

Com a presença de autoridades, veterinários e demais membros da comunidade, ontem foi realizada uma reunião, na Câmara Municipal, para conhecer a atuação de uma Organização Não Governamental (ONG)  - a Resgacti - que visa ajudar cães e gatos a encontrarem um lar e também promove a castração destes animais para conter a sua reprodução que ocorre em escala exponencial. A ONG atua em Itajubá, Piranguinho e São José do Alegre.

Cão abandonado no Centro de Triagem Taiuveira - Foto: Márcia Bustamante

Gilberto Andreotti, presidente da ONG, explicou todos os caminhos percorridos pela Resgacti, suas finalidades e sua atuação nos dias atuais. Criada há três anos, a ONG colabora para diminuir a população de cães e gatos através da castração; oferece abrigo e cuida dos animais; promove a adoção e, acima de tudo, evita a eutanásia no Centro de Controle de Zoonozes (CCZ) causada pelo aumento do número de animais. 
A eutanásia é o último recurso utilizado para cães e gatos doentes, os quais não possuem chances de sobrevivência e tampouco de adoção. Ela consiste em sacrificar o animal de maneira indolor, abreviando o sofrimento ocasionado pela enfermidade. Porém, se a aumentar população de cães e gatos no CCZ, a eutanásia é a saída para diminuir a quantidade de animais após esgotar-se todas as possibilidades de adoção.

Gilberto Andreotti

Gilberto descreveu todos os passos que deverão ser realizados para iniciar as atividades da ONG em Pedralva. Primeiro, ele perguntou para o prefeito Joel Silva se há um local disponível para abrigar 10 animais. Em seguida, explicou que não se deve colocar muitos animais em um mesmo espaço para não haver brigas e mortes em consequência da superlotação. O prefeito afirmou que irá acomodar os animais em um local que será preparado para esta finalidade.
Em seguida, destacou a importância de uma Central de Atendimento e a ajuda de voluntários, contando com o apoio dos veterinários para realizar a castração e membros da comunidade que podem ajudar em vários aspectos: auxiliar na busca pelos animais, propiciar abrigo temporário em suas residências, trabalhar na Central de Atendimento, ajudar a cuidar dos animais que ocuparem o espaço da Prefeitura e associar-se, contribuindo com uma quantia mensal. Afinal, cuidar de vários animais gera um custo elevado com alimentação, remédios, limpeza e etc.

É importante salientar que os procedimentos para castrar os animais serão remunerados, visto que os donos são os seus responsáveis e devem arcar com as despesas. Como nem todas as pessoas possuem recursos para castrar seus cães ou gatos, haverá uma avaliação prévia das condições financeiras dos cidadãos de baixa renda para poder adequar o preço do procedimento ao poder aquisitivo.
Gilberto afirmou que, ao castrar uma fêmea, impedimos o nascimento de 20 gerações desta matriz no período de um ano. Essa redução da quantidade de animais facilita a adoção daqueles que estão abandonados, resolvendo grande parte do problema da superpopulação dos cachorros de rua de Pedralva.

A Resgacti vai oferecer todo o suporte para garantir a eficácia do projeto, porém nada funcionará sem a ajuda dos voluntários. Os interessados colocaram seus nomes e contatos em uma lista e, para funcionar, a ONG deve contar com 3 pessoas, no mínimo. Pedralva começou bem, pois 13 pessoas inscreveram-se para ser voluntárias. São elas:

Veterinários
Juliana Braga Lima
Luiz Marcelo R. Rezende
Evandro Goulart Fernandes
Caio Bustamante Junco

Prefeito
Joel Silva

Vereadores
José Marcos Rezende Bustamante
Sebastião Dailton de Lima

Membros da comunidade:
Luiz Siqueira
Luciene F. M. Mauro
Andréia Chiquini
Antônio Geraldo
Fernando Vilela
Sevilla Vilas Bôas

Gilberto conversando com alguns voluntários

Por ora, os associados não foram cadastrados, mas foram definidos os locais de arrecadação: o Sindicato Rural e a Casa Lotérica.
Para dar continuidade ao projeto, outra reunião foi marcada para o dia 25 de junho.

É Pedralva unindo-se para combater um problema de proporções gigantescas. Afinal, uma comunidade comprometida e atuante não espera apenas a ação do poder público para resolver os problemas do município. 

Cães abandonados no Centro de Triagem Taiuveira - Foto: Márcia Bustamante

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