Hoje começou a Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza que terminará no dia 26 de abril. No sábado, dia 20, o Posto de Saúde e a Unidade da *ESF 3 no Bairro São José irão atender especialmente em favor da campanha. Os profissionais irão vacinar os usuários que integram o grupo alvo da campanha no período das 8:00 às 16:00.
GRUPOS A SEREM VACINADOS
1- Crianças de seis meses a menores de
dois anos: deverão receber a vacina contra
influenza.
2- Gestantes:
deverão receber a vacina influenza
todas as gestantes em qualquer idade gestacional. A
vacinação de gestantes contra a
influenza é segura em qualquer idade
gestacional.
3- Puérperas: mulheres no período até 45 dias após
o parto, serão incluídas no grupo alvo de vacinação. Para isso, deverão
apresentar qualquer documento, durante o período de vacinação (certidão de
nascimento, cartão da gestante, documento do hospital onde ocorreu o parto,
entre outros).
4- Trabalhador
de Saúde: eleito
para vacinação é aquele que exerce atividades de promoção e assistência à saúde,
atuando na recepção, no atendimento, na investigação de casos de infecções
respiratórias, nos serviços públicos e
privados, nos diferentes níveis de
complexidade, cuja ausência compromete o funcionamento desses. Como
exemplo: o trabalhador que atua na atenção básica /estratégia saúde da família
e os agentes de endemias, pronto atendimento, ambulatórios e leitos em clínica
médica, pediatria, obstetrícia, pneumologia de hospitais de emergência e de
referência para a influenza e unidades de terapia intensiva. Assim,
trabalhadores de saúde que exercem suas atividades em unidades que fazem
atendimento para a influenza, bem como recepcionistas, pessoal de limpeza,
seguranças, motoristas de ambulâncias e etc.
5- Povos indígenas: a vacinação será indiscriminada para a toda
população indígena, a partir dos seis meses de idade.
6- Indivíduos com 60 anos ou mais de idade deverão receber a vacina Influenza.
7- População
privada de liberdade: deverão receber a vacina contra a Influenza.
8- Pessoas portadoras de doenças crônicas (conforme listagem definida pelo
Ministério da Saúde em conjunto com sociedades científicas): a vacinação contra influenza tem
contribuído na redução das complicações e da mortalidade em indivíduos
portadores de doenças crônicas e outras condições especiais deverão ser
incluídas na campanha de vacinação de 2013. Confira a listagem completa no Informe Técnico do Ministério da Saúde, clicando AQUI.
No entanto, a prescrição
médica - contendo o nome do agravo - deverá ser apresentada no ato da vacinação.
ENTENDA A INFLUENZA
A influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório; é de elevada transmissibilidade e distribuição global, com tendência a se disseminar facilmente em epidemias sazonais. A transmissão ocorre por meio de secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar, tossir, espirrar ou pelas mãos, que após contato com superfícies recém-contaminadas por secreções respiratórias podem levar o agente infeccioso direto à boca, aos olhos e ao nariz.
Os vírus influenza são da família dos Ortomixovírus e subdividem-se em três tipos: A, B e C, de acordo com sua diversidade antigênica, podendo sofrer mutações. Os vírus A e B são responsáveis por epidemias de doenças respiratórias que ocorrem em quase todos os invernos, com duração de quatro a seis semanas e frequentemente associadas com o aumento das taxas de hospitalização e morte.
Os sintomas, muitas vezes, são semelhantes aos do resfriado, que se caracterizam pelo comprometimento das vias aéreas superiores, com congestão e secreção nasal, tosse, rouquidão, febre variável, mal-estar, dor muscular e dor de cabeça.
A maioria das pessoas infectadas se recupera dentro de uma a duas semanas sem a necessidade de tratamento médico. No entanto, nas crianças muito pequenas, idosos e portadores de quadros clínicos especiais, a infecção pode levar à formas clinicamente graves, pneumonia e morte.
A principal ação efetiva contra a Influenza é a vacinação anual que é recomendada para a proteção dos grupos alvos definidos pelo Ministério da Saúde, mesmo que já tenham recebido a vacina na temporada anterior.
PESQUISAS
Alguns estudos demonstram
que a vacinação pode reduzir entre 32% a 45% do número de hospitalizações por
pneumonias, e de 39% a 75% da mortalidade global. Entre os residentes em lares de idosos,
pode reduzir o risco de pneumonia em aproximadamente 60%, e o risco global de
hospitalização e morte, em cerca de 50% a 68%, respectivamente. Referem ainda a
redução de mais de 50% nas doenças relacionadas à influenza.
Nichol e colaboradores (2007) publicaram
no New England Journal of Medicine o efeito da vacinação antigripe em idosos durante
10 anos, em três regiões norte-americanas diferentes. Eles demonstraram
que a vacinação foi associada a uma diminuição média de 27% no risco de
hospitalização por pneumonia ou influenza no inverno e a uma redução de 48% no
risco de morte por qualquer causa. Essa redução no risco de morte ocorre devido
à associação do infarto do miocárdio e derrame à influenza.
Conforme os dados de meta-análise publicados em
2011 no jornal “The Lancet”, onde foram analisados 31
estudos no período de 1967 a 2011, sobre a eficácia e efetividade das vacinas
influenza, encontrou-se uma eficácia geral de 67% neste período. A população
com maior benefício foi a de adultos entre 18 e 55 anos de idade, HIV positivos
(76%), adultos saudáveis entre 18 e 46 anos de idade (70%) e crianças saudáveis
com idade entre 6 e 24 meses (66%).
Estudo realizado no Brasil, sobre o perfil da morbidade hospitalar
por causas relacionadas à influenza (incluindo os códigos do CID-9 e CID-10
referentes a pneumonias, influenza, bronquite crônica e não especificada e
obstrução crônica das vias respiratórias não classificadas em outra parte) para
o período anterior (1992 a
1998) e posterior (1999 a
2006) à introdução das campanhas de vacinação contra a influenza, demonstram
uma redução do coeficiente, principalmente para as regiões Sul, Centro-Oeste e
Sudeste. Umas das hipóteses levantadas nesse estudo é que a introdução da
vacinação contra a influenza dirigida à população idosa a partir de 1999 tem
refletido positivamente na prevenção das internações por esse agravo.
* ESF: Estratégia de Saúde da Família
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